A pandemia acelerou e transformou as prioridades das organizações em todo o mundo. A premissa de que que o maior ativo de uma empresa são as pessoas ganhou força, afinal, são as pessoas que fazem a engrenagem funcionar.
É por esse fato, que cada vez mais, a área de Gestão de Pessoas (RH) está à frente das empresas para dar continuidade às estratégias corporativas.
O “novo” está surgindo em todos os cenários e no mercado de trabalho não é diferente, novos perfis e novas competências comportamentais (soft skills) estão sendo exigidas para a nova realidade que está sendo criada. Navegar nas incertezas exige muito mais que conhecimento técnico e experiência.
A demanda por perfis com habilidades sociais aumentaram significativamente, isso se deu devido ao boom da transformação digital, com as milhares de startups e soluções para qualquer tipo de problema. O “especializado” deu espaço para a “multidisciplinaridade”, pensar fora da caixa exige muitas vezes se conectar com pessoas e ecossistemas diferentes do seu.

A integração dos ecossistemas de trabalho abriu muitas portas, a habilidade de se adaptar e se relacionar com os diferentes e as diferenças é o que se busca nos talentos.
Nas palavras de Stephane Kasriel, CEO da Upwork, “O futuro do trabalho não se trata de diplomas universitários, mas de habilidades humanas.”
Em uma pesquisa realizada na América Latina, 90% dos executivos afirmam que aumentaram a demanda por profissionais com fortes habilidades comportamentais – as soft skills, como inteligência emocional, liderança, adaptabilidade e motivação.
É fato notório que até então as pessoas eram contratadas por conhecimento técnico e demitidas por comportamento. Hoje, o jogo está virando, 80% dos executivos não contratariam um talento que atenda às competências técnicas, mas não às soft skills exigidas.
Apesar da tendência pelo desejo, a realidade ainda é bem dificultosa para encontrar talentos que conciliam as habilidades sociais, com a experiência e conhecimentos técnicos requeridos. Este é um problema para 2 em cada 5 empregadores na América Latina, segundo a Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (CEPAL).
O Brasil é um dos países com maior dificuldade em encontrar talentos com competências comportamentais necessárias. Os principais motivos são: a escassez de candidatos com soft skills (60%), conhecimentos técnicos (40%) e a dificuldade das áreas de RH em encontrar o perfil certo (35%).

Os desafios para superar a lacuna de competência e desenvolver talentos híbridos está na falta de orçamento nas empresas (48,7%), na falta de tempo (47,2%) e na falta de programas de capacitação e treinamento nas empresas (36,4%).
Estratégias para contornar a escassez dos talentos híbridos
A estratégia que as empresas estão adotando para contornar esse desafio é investir no treinamento dos colaboradores para aprimoramento de competências comportamentais e técnicas (50%), redefinir o perfil exigido nas vagas (40,4%), investimento em melhores processos de recrutamento e seleção para aumentar a assertividade das contratações (32%), redefinir as vagas existentes (26,2%) e fazer testes de habilidades (17,3%).
As principais medidas para superar a lacuna de competências são:

Em um pequeno espaço de tempo presenciamos inúmeras mudanças bruscas na cultura e modelos de trabalho. Superar a escassez de profissionais híbridos é um desafio que toda empresa disruptiva vai passar. Muitas questões estão surgindo: Como serão essas novas formas de trabalho? Como serão os profissionais do futuro?
Não existe resposta pronta para essas e outras perguntas, mas a definição do propósito de cuidar e desenvolver os talentos para que estejam preparados para as mudanças e para lidar com diferentes situações é o melhor caminho a seguir.

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